A maioria dos brasileiros prefere se tratar ao se cuidar. Apesar de haver uma parcela da população interessada em exercícios físicos, a motivação costuma ser estética. Quando a razão está associada à saúde, normalmente é por conta de sinais de declínio ou do comprometimento completo desta.

A cultura do autocuidado precisa ser vivida diariamente para o bem individual e coletivo. Existem muitas maneiras de fazer isso, que podem se encaixar até mesmo nas rotinas mais corridas.

Normalmente a “falta de tempo” é um pretexto para não se fazer as mudanças necessárias para obter mais saúde física e mental.

Desenvolver um hábito, ainda que positivo, leva tempo e requer disciplina. Mudar significa ser forçado a interagir com o desconhecido e como saber que o novo não é, de fato, pior? Muitos desistem de consolidar uma rotina de autocuidado em virtude disso.

Todavia, sem saúde mental não é possível viver bem. Para realizar sonhos, estabelecer e concretizar objetivos, ter um relacionamento duradouro, fazer contatos profissionais, concluir projetos pessoais e, principalmente, afastar o estresse, a prática do autocuidado é imperativa.

Algumas pessoas já compreenderam a necessidade de cuidar da saúde mental e a importância da cultura do autocuidado, então passaram a buscar ajuda psicológica para lidarem com questões emocionais. Em 2020, as buscas por terapia online dispararam em razão do isolamento social.

A terapia não é eficaz somente no tratamento de transtornos mentais. Ela é igualmente aproveitada por quem deseja cuidar da saúde mental no dia a dia, se autoconhecer e clarear dúvidas sobre o futuro.

A dificuldade para estabelecer hábitos também pode ser sanada na terapia. Muitas vezes a relutância em mudar está associada ao modo incorreto de organizar horários ou de executar afazeres conforme a personalidade. O medo é outro fator bastante comum, que tende a ser alimentado por questões do passado.

Além disso, as crenças cultivadas ao longo da vida interferem muito nas decisões e no comportamento do presente. Elas passam despercebidas em razão do costume, mas não deixam de prejudicar a saúde mental quando são nocivas.

Por exemplo, crenças como “é preciso sofrer para ter sucesso” ou “não há nada que posso fazer, sou assim e pronto” conduzem as pessoas para caminhos dolorosos e limitam as suas vivências boas.

O acompanhamento psicológico pode ajudar as pessoas a descobrirem os fatores que as impedem de construir uma cultura pessoal de autocuidado.