A comida sem a qual não se vive é a mesma cujo excesso mata cada vez mais. Estimativas indicam que a obesidade já é a segunda principal causa de morte no mundo todo. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), o excesso de peso mata mais do que o câncer, mais do que a Aids, mais do que o crime e mais do que o trânsito. Só não mata mais do que cigarro.

Desde 1975, o número de pessoas obesas ou com sobrepeso quase triplicou. Atualmente, essa epidemia afeta 39% da população adulta, que representa 1,9 bilhão de pessoas. O mesmo acontece com 18% das crianças e adolescentes entre 5 e 18 anos. No Brasil, uma a cada cinco pessoas tem sobrepeso.

As consequências são devastadoras para a saúde, principalmente no que diz respeito às doenças crônicas, como diabetes, problemas cardiovasculares, osteoartrite, doença degenerativa das articulações e câncer (endometrial, mama, ovário, próstata, fígado, bexiga, rins e cólon).

Diversos fatores podem ter influência na vida de um indivíduo obeso. Entre eles estão os biológicos, culturais, comportamentais, psicológicos, socioculturais, econômicos e ambientais. As orientações nutricionais para mudanças nos hábitos alimentares e recomendações de atividades físicas devem ser graduais e prazerosas, respeitando a individualidade de cada um. É importante lembrar que a prevenção é a melhor maneira de controlar os altos índices de obesidade, iniciando-se já na gestação, pré-escola e adolescência, com foco na educação nutricional com equipe multidisciplinar de profissionais da área da saúde.